terça-feira, 14 de julho de 2009

Dietas Hiperproteicas

AS DIETAS HIPERPROTEICAS EMAGRECEM?

Os estudos dizem que sim.A melhor notícia é que também protegem o músculo, o coração e o sistema imunitário. Se quer perder peso, adicione a palavra proteína às suas refeições. Diz a informação científica, mas também a experiência pessoal dos técnicos de nutrição que acompanham programas de controlo de peso, que as dietas que melhor contribuem para a redução da gordura corporal, protegendo o músculo, são as dietas com mais proteínas e menos hidratos de carbono. Contribuem para diminuir o colesterol total e os triglicéridos, conferem mais saciedade, são melhor toleradas e menos inflamatórias. A dúvida que se coloca frequentemente prende-se com uma eventual associação de muita proteína a problemas renais. A questão está precisamente aqui: o que significa muita? Outra questão: a que tipo/fonte alimentar de proteínas se referem as dietas hiperproteicas? Proteínas de carnes gordas, lacticínios gordos, enchidos, hambúrgueres? Não. Proteínas obtidas do soro do leite, da soja, da albumina da clara do ovo.

AS DIETAS PROTEICAS ACOMPANHAM A NOSSA EVOLUÇÃO

Segundo Loren Cordain (especialista da Universidade do Colorado), a dieta do homem do Paleolítico era obtida em mais de 50% do seu valor energético por fontes de origem animal. Por sua vez, a introdução dos cereais iniciou-se há cerca de 10.000 anos atrás com o trigo serraceno (trigo primitivo). Ou seja, muito pouco tempo na escala evolucionária para que pudessem ter ocorrido adaptações no genoma humano. Portanto, os nossos genes estão muito melhor preparados para lidar com as proteínas do que para lidar com os amidos e o glúten dos cereais.

PROTEÍNA: EFEITO PROTETOR CARDIOVASCULAR

Um dos últimos estudos científicos publicados demonstrou que uma dieta hiperproteica (34% proteína) aumentou os valores do colesterol HDL (colesterol protetor) em 20%, comparativamente com o grupo que fez uma dieta rica em hidratos conforme o tradicionalmente recomendado. Este trabalho mostrou também melhoria da glucose, insulina e da inflamação.

PROTEÍNA: QUEIMA GORDURA E PROMOVE 0 GANHO DE MASSA MUSCULAR

Como é que isto acontece?Em primeiro lugar, está provado que as dietas hiperproteicas aumentam de forma mais significativa a termogenese (metabolismo), do que as ricas em hidratos. Este é um aspecto fundamental em qualquer programa de redução da gordura corporal, especialmente nos indivíduos sedentários, uma vez que permite que queimem mais calorias, mesmo quando estão em repouso.

PROTEÍNAS EM QUE DOSES?

No International Journal of Sports Nutrition and Exercise Metabolism, uma revista especializada na área, sugere-se uma dose máxima de 2-2,5gr por kg de peso dia de proteína, o que corresponde a 176gr para um individuo de 80kg. Ainda assim é um valor bastante abaixo da dose máxima de segurança teórica para um individuo de 80kg – 285 a 365gr dia o que corresponde a 3,5 – 4,5gr dia. São valores teóricos que não registam sintomas de hiperamoniémia – perda de capacidade do fígado em sintetizar ureia e amónia e hiperaminoacidémia. Resumindo outro estudo publicado no Sports Nutrition Review Journal conclui que a ingestão de proteínas até 2,8gr por kg de peso não altera a função renal em atletas bem treinados.

AS VANTAGENS DAS PROTEÍNAS WHEY

As proteínas que se obtêm a partir do soro do leite são as melhores absorvidas devido a sua elevada solubilidade sendo também as que apresentam também o valor biológico mais alto, isto é, garantem a maior retenção do azoto para a síntese de proteína muscular. São muito ricas em aminoácidos de cadeia ramificada (ate cerca 25%) e cisteína – aminoácido essencial para a síntese de glutatião. Por este motivo apresentam um forte poder antioxidante. São claramente as proteínas mais usadas por todos os atletas, quer na prevenção da destruição do músculo quer no ganho de massa muscular.

Fonte: Revista performance Nº 78/ Autor: Custódio César - Nutricionista.

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